Aeroportos

Aeroporto de Goiânia receberá delegações de atletas paralímpicos de 15 estados

O Aeroporto de Goiânia/Santa Genoveva está preparado para receber a chegada de 700 atletas, sendo 230 cadeirantes, que participarão de três competições organizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Tratam-se da etapa regional Centro-Leste do Circuito Loterias Caixa de Atletismo, Halterofilismo e Natação e da 1ª Copa Brasil de Esgrima em Cadeira de Rodas, que ocorrerão na capital goiana entre os dias 12 e 15/4.

O principal movimento de chegada está ocorrendo entre ontem e hoje (12 e 13/4). Já o retorno das delegações para suas cidades deve ocorrer a partir do meio dia de domingo (15/4). Para receber os competidores de 15 estados brasileiros, a Infraero intensificou sua estrutura de atendimento, em especial nas questões relacionadas à acessibilidade. A meta é garantir que os atletas tenham autonomia, conforto e segurança ao passarem pelo aeroporto.

Neste sentido, o Santa Genoveva conta com 266 empregados da Infraero e de empresas aéreas capacitados a prestarem o melhor atendimento acessível. Eles fazem parte de um terminal que oferece quatro pontes de embarque, dois elevadores normalmente utilizados pelos passageiros além de outros quatro utilizados para questões operacionais que serão disponibilizados para atendermos os atletas, além disso há outros dois elevadores para desembarque e mais dois elevadores no embarque, pisos táteis ao longo das instalações e informações em braile e monitores com comunicação em Libras. Além disso, caso o embarque ou desembarque tenha que ser realizado fora das pontes, a Infraero conta ainda com um ambulift (plataforma adaptada para cadeirantes), um ônibus de transporte até aeronave, além do apoio das companhias, que também podem oferecer equipamentos de acessibilidade para atendimento aos seus passageiros.

A Infraero também está alinhando com as empresas aéreas os processos de embarque e desembarque. O objetivo é garantir que cadeiras de rodas, bengalas, andadores e outros equipamentos de auxílio à locomoção, bem como as bagagens das delegações, tenham seus despachos e restituições priorizados, o que vai assegurar o melhor atendimento em etapas como restituição de bagagem e atendimento no check-in. Já na inspeção para embarque, os operadores de raios-x e detectores de metal receberam reforço nas orientações para lidar com os atletas e seus pertences de mão.

“A Infraero já tinha uma experiência bastante desenvolvida e ela foi aprimorada com os grandes eventos no Brasil, com destaque para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Naquela ocasião, o Santos Dumont e outros aeroportos da empresa atenderam aos atletas com atenção, segurança e autonomia”, explica o superintendente do Aeroporto de Goiânia, Antônio Erivaldo Sales.

No Santa Genoveva, os atletas terão um fluxo de trânsito especial na chegada e saída do aeroporto. Esse trabalho envolverá também o atendimento aos ônibus que transportarão as delegações entre o terminal e a cidade. E relação ao trânsito nos meios-fios de embarque e desembarque, a ação será coordenada pela Infraero e contará com o apoio da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT), que fará o ordenamento da circulação de veículos para garantir que os atletas saiam do aeroporto e embarquem em seus transportes com facilidade e segurança.

Preparo
Em relação à acessibilidade, as operações da Infraero seguem a resolução 280, de 11 de julho de 2013, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir dela, foram desenvolvidos programas de treinamento e capacitação de instrutores, além da adequação das instalações em diversos aeroportos administrados pela empresa.

Em diversos terminais pelo País, os passageiros com deficiência contam com ferramentas como piso tátil direcional até o balcão de informações – que oferece funcionários treinados em Libras, pontes de embarque, elevadores e ônibus adaptados, além de equipamentos como o ambulift e escaladores de escadas para o caso de embarque e desembarque fora das pontes de embarque. Essas estruturas são disponibilizadas de acordo com o porte e a movimentação dos terminais.

A Infraero também faz contatos permanentes com as empresas aéreas para garantir que o passageiro possa receber o melhor atendimento possível. Como as companhias são responsáveis pela assistência aos passageiros com deficiência, mobilidade reduzida ou necessidade de apoio especial, a Infraero solicita com antecedência as informações sobre a necessidade de atendimento prioritário às aeronaves, o que permite destinar a melhor estrutura possível.

Esse cuidado, somado à experiência já adquirida, fez com que a empresa recebesse, em 2014, a classificação diamante no Aeroporto Santos Dumont, no projeto Rio Acessível. O terminal carioca foi o único entre os 250 pontos analisados no Rio de Janeiro que obteve este grau de avaliação, que significa mais de 90% de acessibilidade. “Esse reconhecimento mostra que a Infraero tem experiência e pode levar aplicar as melhores práticas nos diversos perfis de aeroportos administrados pela empresa”, ressaltou Antonio Erivaldo.

Boas avaliações dos passageiros
O Aeroporto de Goiânia/Santa Genoveva teve nota 4,21 na pesquisa permanente de satisfação do passageiro da Secretaria nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes. O desempenho ficou acima da meta de quatro pontos da definida pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) e à frente de aeroportos como o de Belém, que conta com voos internacionais e tem movimento superior ao de Goiânia.

Dos 31 indicadores de satisfação do passageiro em que o Santa Genoveva foi avaliado, ele foi o melhor em 30, com destaque para disponibilidade e limpeza dos sanitários, sinalização, oferta de assentos no embarque e de tomadas, sensação de segurança, confortos térmico e acústico, qualidade do estacionamento e oferta de vagas, tempo de fila no check-in, velocidade de devolução da bagagem e integridade da bagagem e disponibilidade de transporte público.