No Brasil, cerca de 24% da população tem algum tipo de deficiência. O dado é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em seu último Censo contabilizou 45 milhões de pessoas com deficiência. Para essa parcela expressiva de brasileiros, a Infraero destaca suas ações para garantir a acessibilidade e autonomia nos embarques e desembarques em sua rede de 59 aeroportos pelo Brasil.
Uma das principais ações nesse sentido é o Curso de Atendimento ao Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (PNAE), que completou dez anos e alcançou a marca de 19 mil capacitações realizadas em 233 cursos nas unidades da Infraero pelo País. Nas atividades, empregados da estatal, terceirizados e comunidade aeroportuária passam por experiências sensoriais e de mobilidade, fazendo o uso de vendas, cadeiras de rodas, muletas e bengalas. A ideia é que os funcionários vivenciem o dia-a-dia de uma pessoa com deficiência, visitando as instalações dos aeroportos. Além disso, aprendem sobre o trato adequado a cada deficiência e o cumprimento às normas e leis e fazem exercícios práticos e troca de experiências entre os participantes. A capacitação tem o foco na aviação civil, envolve todas as áreas da Infraero e contempla também o respeito e a diversidade, conforme definição da Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu o dia 3/12 como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
“Os cursos de acessibilidade da Infraero têm padrão de excelência. Além de serem aplicados na Rede Infraero, eles já foram requisitados pelos novos operadores dos aeroportos de Natal (RN), Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Brasília (DF), Confins (MG) e Galeão (RJ). Isso demonstra o compromisso e a capacidade da empresa com esse tema tão importante”, afirma o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira.
Um dos principais exemplos de boas práticas de acessibilidade pela empresa está no Aeroporto Santos Dumont. Em 2014 o terminal recebeu o selo de participação no projeto Rio Acessível, com a classificação Diamante. O terminal foi o único entre os 250 pontos analisados na cidade que obteve mais de 90% de acessibilidade. Além de empregados devidamente treinados, o aeroporto conta com balcões de informações, bebedouros e sanitários adaptados, semáforo sonoro, telefones para surdo com teclado acoplado, rampas nas calçadas em frente aos terminais, pisos táteis, 55 balcões de check-in e 51 totens de autoatendimento adaptados, ambulifts que auxiliam o embarque e o desembarque nas aeronaves que estão estacionadas fora das pontes de embarque, ônibus e micro-ônibus 100% adaptados, além das vagas exclusivas no estacionamento para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.