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Ryanair toma medidas urgentes para reagir ao Covid-19

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Na semana passada, a propagação do vírus Covid-19 e as restrições de viagens impostas pelos governos, muitas delas sem prévio aviso, tiveram repercussões negativas importantes na agenda de todas as companhias aéreas do grupo Ryanair.

Nos últimos sete dias, Itália, Malta, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Áustria, Grécia, Marrocos, Espanha, Portugal, Dinamarca, Polônia, Noruega e Chipre impuseram vários níveis de proibição de voos, afetando todos os voos de/para cada país ou proibindo voos de/para países com alto risco de contágio pelo Covid-19. No fim de semana, por exemplo, Polônia e Noruega proibiram todos os voos internacionais, e outros países (sem proibição de voos) reduziram o controle do tráfego aéreo e serviços aeroportuários essenciais.

A Ryanair espera que o resultado das restrições seja a paralisação da maioria dos aviões da frota em toda a Europa pelos próximos sete ou dez dias. Nos países em que a frota não estiver paralisada, as restrições em matéria de distância social podem tornar os voos, para todos os efeitos, inviáveis ou até mesmo impossíveis.

Para abril e maio, a Ryanair espera reduzir a disponibilidade de assentos em até 80% e não se descarta a paralisação total da frota. A companhia está tomando medidas imediatas para reduzir os custos operacionais e aumentar os fluxos de caixa. As medidas incluem a paralisação de aviões excedentes, o adiamento de investimentos e de recompra de ações, a suspensão de contratações e gastos discricionários e a implementação de uma série de opções de licença voluntária e suspensão provisória de contratos de emprego, além de reduções significativas no horário de trabalho e nos pagamentos. A companhia está trabalhando com sua equipe e com sindicatos em toda a União Europeia para enfrentar o Covid-19, uma situação extraordinária e sem precedentes com impacto e duração ainda impossíveis de serem determinados.

O Grupo Ryanair tem uma sólida liquidez, com caixa e equivalentes de caixa que superam os 4 bilhões de euros, segundo dados de 12 de março. O foco do grupo agora é operar o máximo de voos agendados possíveis, seguindo as diretrizes dos governos nacionais para os próximos sete dias, com o objetivo de repatriar clientes, apesar da proibição de voos e da redução do controle do tráfego aéreo e dos serviços básicos nos aeroportos. A queda nas reservas foi significativa nas últimas duas semanas, e a previsão é que continue sendo assim num futuro próximo. A demanda continuará sendo monitorada, assim como as restrições de voos impostas pelos governos, e haverá mais cancelamentos se necessário.