Este número é o resultado de um estudo da CAE sobre a demanda de pilotos em nível mundial. Segundo o relatório, apresentado em 23 de junho no Airshow de Paris, o setor aéreo vai ter de produzir 70 novos pilotos por dia para atender a demanda global.
A empresa aproveitou a presença no evento de Paris para apresentar seu primeiro estudo contendo informação essencial sobre as necessidades dos pilotos das companhias aéreas de todo o mundo nos próximos 10 anos.
Em 2016, registrou-se um crescimento contínuo no tráfego global de passageiros aéreos, com seu correspondente aumento no número de aviões comerciais operados pelas companhias aéreas. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA na sigla inglesa) prevê, daqui a 2027, um crescimento anual de 4,2% no número de passageiros e um mercado de 4,8 bilhões de passageiros aéreos.
A previsão da CAE baseia-se num modelo que considera os fatores essenciais, as variantes e as tendências para prever o número de pilotos que as companhias aéreas devem contratar nos próximos 10 anos. A previsão abrange quatro regiões: América, Europa, Oriente Médio e África e Ásia-Pacífico.
Assim, a empresa prevê que a indústria vai precisar de 255.000 novos pilotos nos próximos 10 anos, para chegar a um total de 440.000 pilotos ativos em 2027 (60% deles devido ao crescimento da frota e 40% para compensar aposentadorias). Além disso, 180.000 copilotos terão de ser promovidos a comandante, mais da metade deles para substituírem os comandantes aposentados.
Estes números querem dizer que mais de 50% dos pilotos de aviões comerciais dos próximos 10 anos ainda não começaram sua formação, o que supõe um desafio para os canais atuais de recrutamento de pilotos e seus respectivos programas de desenvolvimento.
Por territórios, a região Ásia-Pacífico vai experimentar o maior crescimento na demanda de pilotos, pois a previsão é que sua frota de aviões em serviço aumente significativamente. A América será o território com mais aposentadorias de pilotos, e o crescimento na Europa será mais lento devido a incertezas geopolíticas, como a saída do Reino Unido da União Europeia, ou o declínio econômico em alguns países.